“Seres do Sertão”
A fotografia arte deste paraibano de São José do Brejo do Cruz, no Sertão da
Paraíba, vem conquistando cada vez mais prêmios na fotografia no cenário
nacional e internacional. É certo, contudo, que a sua terra não tem dada a
devida importância à sua obra fotográfica e ao artista. Neste sentido, as obras
fotográficas, visa além de projetar o sertão semi-árido como região importante
para o desenvolvimento do turismo no Estado, e apelar pela elevação da auto-
estima e da memória do nosso povo, pretende fazer justiça, ao representar
artista e obra a sua própria terra e região em busca da valorização justa e
honesta de sua contribuição artística.
O conjunto de imagens denominado de “Seres do Sertão” utiliza-se de uma
linguagem mais contemporânea, reconstruindo instantes da infância de
meninos nas paisagens da cidade de São José do Brejo do Cruz, que ora
resulta numa imagem real, quase abstrata, ora explora a simetria dos objetos
fotografados, aproveitando-se ao máximo da tonalidade das cores.
Artista e Obra
Aurilio Santos é um artista que vive um incrível paradoxo. No instante em
que conquista prêmio, inclusive internacionaL, desenvolveu boa parte de sua
produção visual com câmeras emprestadas de amigos. Amargou dificuldades,
sem qualquer provimento financeiro para realizar o seu prestigioso trabalho.
Com hercúleo e consagrador esforço o artista free lance vem ilustrando capas
de CDs, livros, cartazes, realizando pequenas exposições do trabalho que
desenvolve. Mesmo diante de tal esforço não consegue projetar o seu trabalho
na Paraíba, as agruras dos despossuídos, e, tendo contraditoriamente, tanto a
nos mostrar, tanto a nos dizer, tantos a nos ensinar.
Vale aqui reproduzir uma parte do texto do poeta e escritor português João
Jacinto, ao conhecer a produção fotográfica de Aurilio Santos.”... Aurilio
Santos recria o mundo, a vida, num cenário austero, simples, onde aos
autores modelos, podem representar o seu papel, brilhando de dignidade,
com uma expressão forte, assumidos nos seus propósitos, mesmo quando
sujeitos a provocação do apelo civilizacional, que perversamente se tenta
impor...(Coimbra, Portugal, 2007)”.
Mais do trabalho do Aurilio Santos acesse:
https://www.facebook.com/auriliosantoss?fref=ts
ou email para auriliosantoz@gmail
15.11.13
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